terça-feira, 8 de janeiro de 2013

PEC DOS DOMESTICOS É ENCAMINHADA AO SENADO


CONGRESSO APROVA PROPOSTA QUE AMPLIA DIREITOS AOS EMPREGADOS DOMÉSTICOS
No Brasil, o trabalho doméstico não é regulado pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), o que não assegura aos domésticos os mesmos direitos dos demais trabalhadores, por isso, transita no Congresso Nacional uma proposta de alteração da Constituição Federal para que inclua os domésticos nesta lei do Trabalhador.

A proposta, conhecida como PEC das Empregadas Domésticas, garante a babás, faxineiras e cozinheiras, dentre outros trabalhos exercidos em residência, direitos que já são assegurados aos trabalhadores urbanos e rurais, como pagamento obrigatório do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e seguro-desemprego. Ao todo, 16 direitos trabalhistas foram incluídos na PEC 478/10.
Pela proposta, as empregadas teriam direito a 13º salário, férias, aviso prévio em caso de despedida sem justa causa, recolhimento de FGTS, seguro-desemprego em caso de desemprego involuntário, jornada de trabalho de 08 horas dias e  44 horas semanais, garantia de salário mínimo para quem recebe remuneração variável; Proteção ao salário, sendo crime retenção dolosa de pagamento, recebimento de hora extra, adicional por trabalho noturno, salário-família e auxílio-creche.

Caso a proposta venha ser aprovada os seguintes direitos lhes serão estendidos: Observância de normas de higiene, saúde e segurança no trabalho, Reconhecimento dos acordos e convenções coletivas, seguro contra acidente de trabalho, Proibição de discriminação em relação à pessoa com deficiência e proibição de trabalho noturno para menores de 16 anos.
A Proposta de Emenda à Constituição que amplia os direitos dos trabalhadores domésticos (PEC 478/10),foi aprovada em primeiro turno pelo plenário da Câmara no dia 21 de novembro de 2012 e em 04 de dezembro, também no segundo turno, por 347 votos a favor, dois contra e duas abstenções. O texto agora segue para o Senado, onde também terá de ser votada em dois turnos. Se aprovado sem modificações, será promulgado pelo Congresso Nacional. Se alterado, voltará para nova votação na Câmara.
 

 

Um comentário:

Unknown disse...

A proposta que garante aos trabalhadores domésticos 17 novos direitos de forma a igualar a realidade desses com a dos demais empregados foi aprovada no dia 19/03/2012, em primeiro turno, no plenário do Senado. Essa é a primeira etapa de votação que, por se tratar de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), ainda precisa passar por um segundo turno de votação, o que deve ocorrer no dia 26 de março.

Pela unanimidade de 70 votos favoráveis, os senadores confirmaram o texto aprovado em dezembro na Câmara dos Deputados, sem grandes discussões e debates, por se tratar de uma matéria de consenso na Casa.

A proposta estabelece regras como jornada de trabalho diária de oito horas e 44 horas semanais e pagamento de hora extra no mínimo de 50% do valor da hora normal Os direitos vão se somar aos já existentes, como 13.0 salário e descanso semanal Apesar de representar avanço, 7 dos 17 itens ainda precisam ser regulamentados antes de a proposta entrar em vigor. Nessa condição estão o direito ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS),hoje facultativo, o seguro contra acidentes de trabalho, o seguro-desemprego, a obrigação de creches e de pré-escolas para filhos e dependentes até seis anos de idade, o salário-família, o adicional noturno e a demissão sem justa causa.